Jovens morrem, jovem se diverte e assim caminha a humanidade...

Na madrugada do último dia 9 de Julho, feriado no estado de São Paulo, Paulo Eduardo Veratti Diz, 22 anos, ao dirigir seu Honda Civic atropelou dois jovens (Natan Jonas Babin, 18 anos, e de Heikeson Gustavo Franco da Silva, 17 anos) na Avenida Izaltino do Amaral Carvalho. Natan e Heikeson não suportaram os ferimentos e faleceram. Outros dois rapazes de 20 anos também foram vítimas do acidente e seguiram com o socorro do SAMU para a Santa Casa de Misericórdia de Jaú. Dada essa terrível introdução, analisemos a grande hipocrisia de que o fato desencadeou: Veratti após negar a fazer exame de sangue para medição de níveis alcoólicos, pagou a fiança de 1,2 mil reais e colocou a seguinte afirmação publicada no Jornal Bom Dia: "Eu quero que eles se f****, eu tenho dinheiro e isso aqui não vai dar em nada", disse à polícia. Em minha opinião, estamos simplesmente colhendo a mentalidade que foi cultivada na cidade de Jaú, uma sociedade de "não quer direitos mas sim privilégios", uma população que confundi qualidade de vida com poder de compra, que te avalia pelo que você está vestindo ou que carro que você tem e não pelo que você pensa e qual é seu carácter. A tempos venho observando as publicações de nosso querido jornal Comércio do Jahu que dedica-se duas páginas para estereótipos da nata da sociedade jauense, enfatizando a hipocrisia da cidade, e uma em especial me chamou a atenção quando ao colocar duas renomadas médicas de cidade, o jornal colocou-as como parte da "Elite intelectual jauense", mas pra quem? Pra que tanta inteligência e nenhum trabalho para mudar nossa sociedade? É que o problema dessa e outras elites intelectuais da cidade se baseiam na ideia que cultura é apenas ler um livro de vez enquando e ouvir Vivaldi. Claro, não podemos generalizar essa minha opinião mas sim, é verdade que Paulo Eduardo Veratti, é o fruto de nossa sociedade, reflexo de nossa mídia, ambos cercados de hipocrisia e cinismo. Veratti pode até pagar, judicialmente pelo que fez, mas não pagará pelo que falou e/ou pelo que pensa.

"você só estará socializado, quando se sentir bem no papel do outro."

Um dos princípios da sociologia.