Patriotas de tempos em tempos.

Recentemente, notei varias pessoas com bandeiras e mais bandeiras do Brasil pelas ruas da cidade. Se fosse um sonho, diria que fosse um movimento social visando algum tipo de melhoria para a cidade, porém, não estava sonhando, era verdade, e a tal manifestação era mais uma vitória da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo.
Manifestações populares como essa, só ilustram a incoerência do povo brasileiro. Fruto da ditadura militar, o fanatismo pela copa, trás uma perspectiva de patriotismo, orgulho, vitória, luta, poder. Mas toda essa força só aparece a cada quatro anos de dura um mês ou menos dependendo da evolução dos "nossos heróis" que defendem o Brasil através dos pés. Talvez sejam esses os heróis que o Brasil merece, uma vez que, uma simples bola rolando em campos verdes do outro lado do Oceano Atlântico é mais importante que os olhares criticos para a política nacional. Mas a desculpa é boa: em um país com população tão sofrida, algo deve trazer mais alegria e "esse algo", é a Copa, contudo, é necessário discernir o que é diversão e o que é patriotismo.
A copa em tempos de eleições presidenciais, atrofiam o censo crítico das pessoas, ora, quais são as propostas dos candidatos aos cargos eleitorais desse ano? Tudo bem que a mídia foca suas informações no mundial da FIFA, mas outras notícia continuam sendo publicadas todos os dias. Pensado bem, muita coisa não mudaria se a imprensa abastecesse a população com mais informações ao povo por dois motivos básicos: Informações políticas são chatas e de pouco interesse; e a população, em maioria já têm seus candidatos, não por suas posturas políticas, mas porque o brasileiro ainda vota por afeto e não por avaliações críticas, ora, veja o número de artistas com cadeiras no governo. Imagine se o Ronaldo, Pelé e Zico se candidatasse então. Na história do Brasil, vários acontecimentos de afetos projetaram em problemas para o país, olha o Collor por exemplo, mas nenhuma passagem da história fez com que a crítica evoluir-se. O brasileiro ainda é uma criança que coloca o dedo na tomada porque acha a mesma interessante, porém, a criança aprende que isso irá lhe fazer mal, muito o contrário dos eleitores, que assistem os jogos do Brasil com os dedos na tomada.

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