
Ultimamente tenho estudado muito sobre África. Além de muita gente acha que é um país, a grande maioria- ou pelo menos os menos informados- acreditam piamente que lá só existem grandes mamíferos, negros tribais canibais e fome. Bom, não é bem assim, mas se fizermos uma pesquisa imediata sobre África, as repostas serão essas. Claro que isso é influência da mídia que fica fazendo festa em cima do continente e até me recordo em uma reportagem da Rede Globo que falava sobre os preparativos para a copa de 2012 na África do Sul em uns de seus programas esportivos. Tava tudo muito lindo, os estádios, a felicidade de um povo, mas não durou muito: 3/4 da reportagem falava das áreas pobres da África do Sul. Agora eu pergunto: Por quê? Enfim, tendo em vista essa "festa", pude perceber com um de meus alunos os efeitos disso. Em uma redação sobre contrastes sociais no Brasil, ele citou África, generalizando o continente e extrapolando seua redação. Ao corrigir seu texto, disse do perigo em um vestibular quando se fogem do micro para o macro, pois as chances de você extrapolar a redação aumanta consideravelmente. Mas o garoto me falou algo que me deixou ainda mais triste: "tudo bem, mas se compararmos o Brasil com a África, temos poucos famintos". Realmente, 56 milhões de pessoas passando fome é "muito pouco". Minha opinião sobre é que: se em uma cidade de 15 mil pessoas, uma delas estiver passando fome, ja cometemos uma grande injustiça, pois é de direito humano que nenuma pessoa sinta frio, sede e FOME. Alguns programas assistencialitas do governo federal, como fome zero, serve para o alívio imediato (claro que em nosso país não temos projetos para que essa política não seja mais necessária), cmo está na constituição. Você pode ser contra essa cota do governos, mas por favor, use um argumento diferente do qual o garoto usou com essas mesmas palavras: "mas por um lado é bom que tenha pessoas passando fome (sic) porque, apartir do momento que o Lula deu comida para os pobres, os preços dos alimentos subiram."
Realmente os preços dos alimentos estavam altos na época por problemas ambientais que ocorreram no Rio Grande do Sul, mas, da onde nosso futuro universitário tirou essa tese genial? Até quando vamos precisar sugar os mais pobres para termos um desenvolvimento notável, como a Europa fez com a América e com a África? Até quando pessoas com pseudo-conciencia-social colocará fotos no orkut e mandaram e-mails com abutres comendo criança africanas, sendo que temos problemas aqui, na nossa esquina? Até quando nos desviaremos da fevelas e depois choraremos pelos famintos africanos? Provavelmente, o conforto de nossas casas que conseguimos com "muito suor e trabalho", nos alienou quanto ao nosso verdadeiro mundo, e esquecemos que aquela história que "você consegue, basta tentar e lutar", não servirá a quem não tem mais força pra lutar porque o capitalismos precisa dela naquela situação.
Não precisamos ir até a África para vermos como somos medríocres, basta só ligar na Globo, nas crianças que perdemos para as drogas... basta somente... olharmos no espelho.
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