Para entender como nosso único satélite natural se formou, precisamos entender como os planetas do nosso sistema solar se formou. É importante salientar que qualquer corpo físico no universo tem gravidade, desde um grande planeta rochoso até um minúsculo grão de pólen e é justamente pela força gravitacional dos corpos que podemos teorizar as formações planetárias.
A cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, nosso Sol se formou e resíduos a sua órbita provenientes desde os tempos do Big Bang (aprox 14 bilhões de anos atrás) foram se atraindo, uns aos outros. De grão em grão, rocha a rocha, grandes “bolas” foram se formando dando origens a pequenos e numerosos planetas que por sua vez, possuíam orbitas desordenadas, excêntricas e desastrosas, pois era muito comum haver planetinhas colidindo uns com os outros. Os mais de centenas desses astros foram se atraindo, se fundindo até chegar no sistema solar atual, com 8 planetas e o Sol com sua imensa gravidade, atraiu para mais próximo dele os rochosos: Mercúrio, Venus, Terra e Marte que são mais densos e compactos, e mais longe os enormes planetas gasosos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno que proporcionalmente são menos densos, menos compactos e mais leves.
Mas muito antes da configuração contemporânea do nosso sistema, a Terra teve um encontro casual que mudou seu rumo e propiciou seu sucesso. Nosso Planeta possuía uma rotação complemente desordenada. O eixo terrestre não possuía uma inclinação fixa, variava muito, o que alternava de forma espantosa as variações climáticas (principalmente temperatura), impossibilitando o sucesso da vida por aqui.
Para a alegria da Terra, um planeta pequeno se chocou com ela. Foi uma colisão de “raspão”, mas o suficiente para dizimar o planetinha, pois parte dele se fundiu com a Terra e partes foram arremessadas para o espaço. Uma grande quantidade de poeira e rochas ficou orbitando o Planeta Terra, mas como eu já citei, os corpos se atraem gravitacionalmente e esses blocos rochosos foram se atraindo, ficando cada vez mais densos e maiores, o que contribuiu para uma força gravitacional maior.
![]() |
Ilustração de como se deu a formação da Lua após o impacto. Esse evento foi chamado de "Big Splash" |
É como se você colocasse sobre uma mesa, pequenas lascas e imã e com outro imã na sua mão você “sobrevoasse” as lasquinhas, atraindo-as para o seu, aumentando o volume e a amplitude do campo magnético. Converta a força magnética para força gravitacional, as lascas de imã para rochas e o imã da sua mão como um grande aglomerado rochoso fazendo translação sobre a Terra e você terá um novo astro no qual hoje, chamamos de Lua.
Mas que alegria a Terra teve com a colisão do planeta menor? Bom, se não houvesse essa batida não haveria Lua e essa por sua vez, após seu surgimento, ordenou uma lógica no eixo terrestre, que se mantém inclinado em 23,45° (o que pode variar, mas a Lua contribui para sua estabilidade) dando de presente para nós uma lógica climática.
Os destroços resultantes da colisão se acumularam em um local perfeito, pois se tivesse “subido” muito para o espaço, eles iriam se perder nos confins do universo; se eles tivessem subido pouco, poderiam cair na própria Terra atraídos pela gravidade; se esses destroços não tivessem sofrido uma força gravitacional ao ponto de cair na crosta da terrestre mas uma força suficiente para não se perderem pelo sistema solar e não terem atração entre si, provavelmente formariam um grande anel orbital em nosso Planeta, como ocorreu em Saturno.
Essa teoria foi colocada na segunda metade do século passado através de análises de areia lunar trazidas pelos astronautas da Apollo 11, onde todos os materiais encontrados combinavam com os materiais encontrados na Terra.
*Essa é a teoria mais plausível sobre a formação do satélite.
Um comentário:
Muito bom...
Postar um comentário