"Rindo da própria tragédia"


Andei reparando nos universitários que estamos formando, mas para justificar minhas observações gostaria de passar alguns dados:
  • 9,134 milhões de pessoas estão procurando emprego no Brasil
  • 56 milhões de pessoas no país estão abaixo da linha da pobreza
  • 51% do PIB (Produto Interno Bruto) estão nas mãos de 20% da população
  • Só a cidade do Rio de Janeiro tem mais de 700 favelas
  • o Brasil é o segundo no ranking de pior distribuição de renda
São dados que talvez você veja sempre na TV ou nos jornais. Porém esses dados devem ser encarados de forma mais crítica por universitários. Porém, nosso formadores de opiniões estão completamente alienados dentro do cientificismo. Reparei que quando debato sobre geopolítica, social ou cidadania com alguém interessado, sempre ouço discursos paralelos dizendo que estou reclamando de barriga cheia. Esses dias depois de criticar o quadro social brasileiro, ouvi de umas estudante: por que ele não vai embora do Brasil já que não tá bom? Resumindo, cadê a função social que a universidade prega? Ser universitário, não é apenas ler todos os livros de sua área e ter boas notas; ser universitário é mais que isso, é ser cidadão, é entender que que há um mundo muito maior que sua ciência, entender e criticar nossos problemas, nossas fomes, nossas sedes, nossa corrupção pois fazemos parte dela, é saber como sua ciência pode ajudar para sociedade.
Enquanto isso não acontece, serei obrigado a ouvir apelos para que eu pare de criticar essa incrível nação que exclui, que rouba, que nos ignora, que nos despreza, que nos envergonha. E aos universitários que querem que os críticos se exilem, um conselho: Se quando dar por fim sua graduação e você perceber que saiu da universidade sem razões sociais mas somente pessoal, faça um seguinte: preste o vestibular faça tudo de novo.

Nenhum comentário: